17 de jun. de 2010

Monólogo

Então é o fim?
Que droga!
Tanto empenho, tanta energia, para terminar assim?
Mas não foi exatamente assim da última vez?
Ah que droga, muitas vezes que droga...
Não, espera...
Da última vez tinha também o alívio.
Ah o alívio, como foi bom senti-lo em meio a turbulência.
E cadê o alívio agora?
Cadê?
Por que não esta aqui?
Deve ter se perdido junto com as minhas certezas...
Droga!
Perdi o alívio, achei as lágrimas.
Da última vez não tinham lágrimas...
O alívio era melhor...
Tem certeza?
Não, perdi ela também...

1 de jun. de 2010

Provocações de mim mesma.

Eu quero ser apenas eu mesma.
Eu quero ter o direito de não ser um rótulo.

Com a minha saruel sou moderninha.
Com meu pony de bolinhas sou retrô.
Com minha camiseta branca sou normal.
Com meu cabelo repicado e franja sou emo.
De vestido com sapato boneca, sou pin up.
Sem maquiagem, calça boyfriend e allstar branco, sou desencanada.

Lendo livros "cabeças", ficções científicas e artigos de ciência ou física, sou nerd.
Lendo revistas femininas e blogs de moda, sou fútil.
Acompanhando as notícias da minha área e os jornais, sou antenada.
Assumindo que desconheço tal assunto ou falando besteira, sou rasa.

Ouvindo músicas diferentes, sou trendy.
Músicas antigas, conservadora.
Desconhecendo algum artista, sou desinformada.

Navegando na internet, acompanhando twitter, facebook e readers. Baixando aplicativos para o computador e para o celular sou geek.
Desinteressando-se por jogos, sou apenas mera usuária.

Enfim,

Eu gosto de moda, mas uso o que tenho vontade e não quero entender ou saber de todas as tendências, todos os termos, tecidos e coisas que nem sei que existem.
Eu gosto de música, gosto de cinema, gosto de leituras complexas e de futilidades também, mas não serei especialista em nenhuma delas.
Gosto de tecnlogia, internet e afins, mas não gosto da maioria dos jogos eletrônicos e nem vou me tornar escrava das novidades. Somente um adendo: não tenho um Iphone, nem um blackberry. O genérico do ching ling atende minhas necessidades, cabe 2 chips e é muito mais barato.
Eu me dou o direito de não conhecer tudo, de ir atrás daquilo que me interessa e não do que interessa aos outros. De falar errado, travar a lingua, ficar nervosa ou insegura. De não ser dona da verdade, porque eu me permito ser apenas eu, e mudar quantas vezes eu quiser.

Talvez, mas só talvez, amanhã eu já discorde de mim mesma novamente, e não dei a ninguém o direito de me julgar por isso.