31 de mai. de 2010

Como gastamos nosso tempo?


Participando de uma promoção do filme Príncipe da Pérsia, onde temos que advinhar quantos twittes são necessários para preencher a adaga do tempo (intrumento mágico que permite ao seu detentor manipular o tempo) me veio à tona um pensamento recente.
Por que o tempo parece escasso em São Paulo e nos sobra quando estamos no interior?
Pois é né gente, estava pensando nisso parada em uma fila (só para variar, aqui tem fila pra tudo) para sacar dinheiro em caixa rápido (que por pura irônia deste santo, de rápido não tem nada e poderia ser caso as pessoas não resolvessem pagar 25.000 contas, sacar, fazer depósito e claro tirar um extrato antes e outro depois para comparar né). Um dos grandes fatores é o tempo que se gasta parados em filas, congestionamentos e afins. Por exemplo, quando estou em Lindóia e quero almoçar em Serra Negra (presta atenção, outra cidade) gasto exatamente 20 minutos para estar sentada no restaurante que quero. Em São Paulo, se resolvo ir almoçar, vejamos, na Paulista (e só para situar, moro no centro), gasto aproximadamente 30 minutos para adentrar na Paulista, mais 15m (no mínimo)procurando lugar para estacionar o carro. Só com isso já foram 45m o dobro de tempo certo? Passado o transtorno para estacionar cehgo ao restaurante desejado e com sorte tenho fila de espera de apenas 20m. Ok, mais de uma hora. Já estou morta de fome, sem saco e certeza, para mim a comida estará horrível por conta do mau humor. Bom ok, nem todo mundo é esse poço de intolerância como eu, mas gastam o mesmo tempo que eu pra fazer isso. Terminado o prazeroso almoço, você decide ir ao cinema, mas não o arteplax, o de um shopping qualquer, pode ser o Eldorado. Mais uma saga de 30 minutos parados na Rebouça (que sempre tem trânsito), mais uns 10m no mínimo para achar vaga. Chega no Cinermark aquela fila (claro, sem fila não é São Paulo). Mais meia hora e vc tem os ingressos na mão. A sessão começará daqui a uma hora e meia, então vc tem quanto tempo para passear no shopping? 50 minutos claro, porque 10m são para se deslocar até o cinemark no shopping lotado e os outros 30m é para chegar com antecedência na fila e garantir um lugar razoável. Já no interior você esta, em geral, a 15m de distância de onde quer ir (é, e não tem trânsito), os locais apesar do bom fluxo, nunca estão abarrotados e para a maioria das coisas que vai fazer, 10m de antecedência são suficientes.
Agora tchau que já passei muito do meu tempo aqui. Rrsrsrsrsrsrs

26 de mai. de 2010

Histórias para contar

Como planejamento estratégico ouço, leio e discuto muito a importância das marcas terem uma história interessante para contar.

Pois não é que antes de ontem me deparei com uma situação clara de que as histórias que temos para contar podem contribuir para uma aproximação com outras pessoas.

Mas todo mundo tem uma história para contar, o que faz a diferença é a capacidade de emocionar a pessoa que te ouve ou lembrá-la da própria história.

Por exemplo, a cena que presenciei foi de um promotor de eventos contar que até tem vontade de estudar, mas que como mora sozinho e não tem renda fixa não consegue. Imediatamente o gerente de trade (sim, o cliente) pediu para o promotor enviar o currículo para ser vendedor e finalizou a questão contando que começou a trabalhar com 14 anos como office boy e por ter oportunidades na vida e trabalhar duro hoje é um gerente.

Ok, linda a história do promotor né gente, mas eu conheço uma centena de pessoas com histórias mais relevantes e que com até mais dificuldades se sacrificaram para estudar e lutar por seu lugar ao sol (sim, sou uma delas também, mas não estou a fim de contar minha história agora. hahahaha). Porém, como eu conheço não me surtiu esse efeito e eu quase, quase gente (veneninho) contei a minha história só de sacanagem, mas né, pra que fazer isso com o coitado, eu não quero ser vendedora de indústria. Hahahahaha

Mas é isso pessoal, as histórias que contamos podem gerar simpatias ou antipatias e isso mais depende do repertório pessoal de quem ouve do que do seu jeito de contar.

17 de mai. de 2010

Quem esta no meu armário?

Não gente, nada de pornografia aqui hoje.
No caso de vocês talvez a pergunta não seja exatamente essa, mas no meu sim, pois eis que meu querido espelho fica dentro do armário. Ha.
E de uns tempos para cá vejo nele alguém completamente desconhecido. Quem sou eu? Essa é exatamente a questão.

Quando eu era adolescente tinha TODAS AS CERTEZAS E CONVICÇOES DO MUNDO. Eu era comunista e claro, isso não tinha nada a ver com a minha condição sem grandes restrições financeiras. Depois de um tempo percebi que aquilo tudo era ilusão, não passava de um lindo poema, e pasmem: Me tornei publicitária.

Mas beleza né gente, as pessoas mudam, amadurecem e olham as coisas por outras perspectivas.

Só que o estranho é quando essas mudanças não são percebidas e nem quistas e de repente um dia você acorda e se pergunta: Quem sou eu?

E pior, não gosta tanto assim da nova pessoa do espelho e tenta em vão resgatar aquela outra que você via durante um tempo atrás.

Sabe, sempre ouvia as mulheres mais velhas dizerem que quando eu me tornasse mulher eu seria mais segura, mais sensata e mais consistente em relação a mim mesma.

Pois vou lhes perguntar, MAE, TIAS E AVO, mulheres sabias e queridas, onde foi parar a mulher que vocês viam em meu futuro? Acho que a bolda de cristal estava com linha cruzada.

Pois a Ana Paula que eu conhecia, apesar da pouca idade era segura de si, de suas verdades, confiante e desmetida e hoje eu não vejo nem sombra disso. Tenho medo até de tentar dirigir um carro em uma rua vazia.